Ao contrário do menu de degustação em que escolha do vinho recai sobre o prato, neste jantar vínico o vinho orienta a escolha do prato.
O processo de prova também é executado em sentido inverso, iniciando-se a prova de vinhos e só posteriormente será criado o prato em comunhão com a casta. Neste evento vínico não pretendemos apenas retratar a Casta, mas toda uma região, mantendo os princípios de harmonização de contraste e casamento, sendo nossa ambição demonstrar o quão bem a nossa Casta encontra o seu lar com os pratos regionais, mas também o quão versátil pode ser com pratos internacionais.
Todos os Jantares vínicos têm como principal objetivo proporcionar uma experiência e não uma refeição em que o protagonista será o vinho. O grande êxtase de um jantar está em encontrar a união ideal entre o vinho e o prato. O vinho não é mais que sumo de uva fermentado, mas é tanto mais é a essência da história do ser humano. De facto, o vinho é parte de nós, corre-nos no sangue e compõe a nossa alma.
Estamos a retratar uma das castas mais frescas e vibrantes do mundo, uma casta que só agora está a desabrochar, a descobrir o seu verdadeiro potencial. Falamos de um diamante em bruto que as antigas gerações nos foram deixando em herança, e as novas foram aperfeiçoando descobrindo toda a sua versatilidade e resiliência.
Houve quem dissesse que teria que ser consumido no ano de engarrafamento, que não era propicia a envelhecimento, o que foi provado não ser verdade. Outros também não se quiseram aventurar a lhe dar textura com envelhecimento em borras finas ou em barricas de madeira, mito que já foi também descortinado.
Historicamente falando os Portugueses são um povo aventureiro e astuto que se desenvencilha das situações mais complicadas, é um povo de soluções. Prova disso são os descobrimentos em que está documentado todas as Caravelas terem um Português a bordo. Numa altura em que a casta estava a estagnar, os nossos produtores começaram a explorá-la a casta e a descobrir tudo o que ela nos pode e poderá oferecer.
Cada vez que se prova um loureiro sente-se algo novo, uma história, uma vontade, uma sede e paixão de fazer crescer a casta. Portanto, toma-se a liberdade de afirmar que de Loureiro se fazem vinhos de qualidade mundial.
Promover o Vale do Lima é uma visão, saindo do local para o internacional, dar a conhecer ao mundo o prazer do bom vinho.