Enquanto, na antiguidade, era uma receita dos mais pobres, é hoje uma sobremesa da classe média-alta. Encontramos esta receita viva na cultura marcuense, dentro das casas das famílias e faz ainda parte do receituário de alguns restaurantes que preservam este bastião da cozinha típica. É um doce que tem por base o pão velho e deve ser, preferencialmente, cozinhada no forno a lenha. Corta-se o pão em fatias grossas e coloca-se depois 1 litro de água a ferver com casca de um limão, 400 gr de açúcar amarelo e 1 cálice de vinho do Porto. Num alguidar de barro, polvilha-se o fundo com açúcar e canela. Cobre-se com uma camada de pão seco e polvilha-se novamente com açúcar e canela, a gosto, até o alguidar ficar cheio. Deita-se o caldo de açúcar pressionando levemente o pão para absorver. Leva-se ao forno bem quente (200ºC) durante cerca de 1 hora. Quando tostar por cima, está pronto, deixa-se arrefecer um pouco e serve-se morno.
Sopa Seca
A tradição ancestral mandava que nos casamentos mais humildes se servisse a Sopa Seca como sobremesa do banquete.