Santa Cruz da Graciosa

No arquipélago existem três Denominações de Origem: Pico, Graciosa e Biscoitos (na Ilha Terceira). No Pico e na Terceira, têm fama os vinhos licorosos brancos, de aroma complexo a especiarias, encorpados e estruturados, feitos a partir das castas predominantes Verdelho, Arinto e Terrantês. Já na Graciosa, assumem especial qualidade os vinhos brancos leves, frescos, secos e bastante frutados, onde domina sobretudo a típica casta Verdelho, à qual se juntam outras como Arinto, Terrantez, Boal e Fernão Pires.

A agricultura, nomeadamente o cultivo da vinha, esteve desde sempre ligada à economia do concelho e tem sido uma atividade e uma tradição transmitida de geração em geração. A fertilidade dos solos, a abundância de água e a baixa elevação são fatores determinantes para a sustentabilidade da atividade agrícola. O Verdelho é a casta emblemática dos Açores. Nas freguesias de Santa Cruz, Guadalupe, Praia e Luz, em áreas de altitude igual ou inferior a 150 metros, são produzidos vinhos de reconhecida qualidade, licorosos e espumantes.

 

Paragem Obrigatória

 

Casa Museu João Tomáz Bettencourt

Da paisagem ao património edificado, a ilha da Graciosa convida a visitar muitos locais de interesse. Entre os locais que dão a conhecer a história e as tradições da ilha, convida-se a visitar a Casa Museu João Tomáz Bettencourt, que nasceu na freguesia de Guadalupe, na segunda metade do século XIX, e que era vendedor ambulante num burro com seirão, que percorria os caminhos e as canadas onde moravam pessoas.

João Tomáz Bettencourt construiu esta casa onde existe hoje a casa museu. Esta loja foi, durante várias décadas, a casa comercial mais importante da Graciosa, aqui se vendia de tudo. Muitas vezes a venda era feita com a troca de produtos agrícolas. É uma loja museu única e está aberta ao público. Todo o recheio existente foi cedido pelo povo graciosense, recolhido ao longo de 23 anos. Aqui se pode conhecer a vida do dia-a-dia dos graciosenses desde o final do século XIX até meados da década de 80 do século XX. A loja João Tomáz Bettencourt Jr. foi convertida em loja-museu segundo as normas da UNESCO.