O concelho é, historicamente, um território de acentuada vocação agrícola. Vastos montados de sobreiros e azinheiras pontuam uma paisagem de altiplano com planícies de terras ricas de hortas e vinhedos. A Oliveira é uma presença constante no aro agrícola envolvente das duas povoações, Alvito e Vila Nova da Baronia. O olival milenar, assume relevo nas encostas de Santa Luzia e evidencia ainda hoje a importância desta atividade no concelho e excelência da nossa produção oleícola, marcada na paisagem urbana pelo registo dos muitos lagares identificados desde o séc. XIII.
A vinha neste território é coeva da fundação da vila. Sabemos da sua existência desde o séc. XIII, tendo ganho particular relevância no séc. XVI e particularmente no séc. XIX quando as vinhas galgaram a serra de Alvito e Vila Nova da Baronia.
Atualmente a produção de vinho tem um impacto importante na economia local. A excelência dos vinhos de Alvito resultam de uma simbiose perfeita do clima e das riquezas das nossas terras, que lhe conferem sabores inigualáveis.
De entre os vinhos que se produzem, o Alvitus é uma referência. As cepas de Aragonez, Trincadeira e Castelão, dão um vinho generoso de sabores e odores que proporcionam um vinho tinto expressivo: saboreá-lo é uma experiencia única.

Igreja Matriz (interior)

Paragem Obrigatória

Alvito remota ao séc. XIII. No séc. XIV passou a integrar o património dos Lobos e em 1475 constitui-se na primeira Baronia de Portugal, na pessoa do Dr. João Fernandes da Silveira, um dos mais ilustres diplomatas portugueses do séc. XV.
As nossas vilas, Alvito e Vila Nova da Baronia, conservam um património artístico digno de uma visita demorada. O Manuelino marca paisagem monumental do concelho. Importa destacar o Castelo, casa dos lobos da Silveira, do séc. XV. Arquitetura palaciana de feição militar marcada pelo mudejarismo vocativo de moiras encantadas.
A Igreja Matriz destaca-se entre o casario da vila pela sua monumentalidade de um traçado acentuadamente manuelino, sendo de destacar o magnifico revestimento azulejar dos séculos XVII e XVIII, da nave e do altar mor.
A arte manuelina descobre-se ainda em singulares pórticos do casario e na Ermida de S. Sebastião, que pontua no Rossio da Vila e onde é possível admirar um magnifico revestimento fresquista numa sinfonia de anjos músicos e mártires do hagiólogo cristal.
Em Vila Nova da Baronia merece um particular destaque as Igrejas de Nossa Sra. da Conceição, Matriz e Sant’Águeda, onde, para além de pintura fresquista, dos altares de talha barroca, podem admirar os magníficos frontais de altar de azulejos de inspiração oriental.
Para terminar um dia de visita, suba à Serra de Alvito e junto aos moinhos, testemunho de vocação cerealífera assista a um dos mais deslumbrantes pôr do sol, neste Alentejo de horizontes sem fim.

ponte azinhal