As investigações arqueológicas têm revelado que os primeiros contactos das populações locais com o vinho, vindo do Mediterrâneo, ocorreram há mais de dois mil anos, a partir do século VIII a.C. através de contactos com os fenícios ou os gregos. Após a conquista cristã, os monarcas de Portugal aproveitaram este conhecimento e incutiram a responsabilidade do cultivo das suas vinhas aos mouros. No reguengo de Loubite, que pertencia ao termo de Silves, a comunidade moura estava associada à produção de figos e passas de uva. No século XV, segundo o Livro do Almoxarifado de Silves (1474), estavam entregues a vários mouros cerca de 40 courelas de vinha e de figueiral.
Atualmente, Silves assume-se no Algarve como um concelho muito importante no que concerne à produção de vinho. Destacam-se os cerca de 650 hectares de vinha. Os produtores que têm apostado na comercialização do vinho, enquanto produto de elevada qualidade, ocupam uma área aproximada de cerca de 150 hectares e situam-se grosso modo no setor sul, sobretudo no barrocal.
Paragem Obrigatória
O concelho de Silves dispõe de mais de cinco mil camas turísticas e de uma larga e diversificada oferta no que concerne à restauração. Existem várias adegas que disponibilizam provas de vinho e eventos, mediante marcação prévia. Salienta-se ainda vários exemplos de património edificado visitável, como o Castelo de Silves, Museu Municipal de Arqueologia e a Casa da Cultura Islâmica e Mediterrânica, que têm sido utilizados para a promoção de atividades ligadas ao enoturismo (ex: sunsets secrets, apresentação/degustação de vinhos, etc.), intensificando e cruzando a promoção dos Vinhos de Silves com as potencialidades territoriais, procurando deste modo, gerar uma simbiose entre o produto (vinho) e o património.