Cantanhede faz parte integrante da Região Demarcada da Bairrada e tem na produção vitivinícola uma tradição secular, com origem na época em que as legiões romanas ocupavam o território, beneficiando de um local singular e com condições climáticas propícias para o cultivo da vinha. No entanto, testemunhos concretos surgem apenas séculos mais tarde aquando da constituição do reino de Portugal, em que D. Afonso Henriques, autorizava o plantio da vinha na região reservando para si um quarto do vinho ali produzido. Mais tarde, D. Manuel ao atribuir o Foral a Cantanhede em 1514, faz referência à produção dos vinhos existentes nesta zona do território.

Ao longo das últimas décadas, Cantanhede tem vindo a cimentar o papel do vinho e da vinha como símbolo identitário da cidade, num setor já com assinalável impacto na economia. A aposta nas espécies autóctones dominantes, com destaque naturalmente para a casta Baga, levou ao reconhecimento nacional e internacional, fruto da qualidade impar e de excelência atingida pelos seus vinhos.

 

Paragem Obrigatória

 

Quem visita o concelho de Cantanhede pode desfrutar de um vasto leque de experiências no contacto com a diversidade paisagística que caracteriza as três regiões naturais do território: a Bairrada, o Baixo Mondego e a Gândara.

Na sede do concelho, cidade de amplo destaque na região da Bairrada, pontificam entre os locais de visita obrigatória, o edifício dos Paços do Concelho, a Igreja Matriz e as Caves da Adega Cooperativa de Cantanhede, bem como a poucos quilómetros da cidade, a mítica capela da Varziela. No que aos equipamentos culturais diz respeito, o destaque vai para as três unidades museológicas municipais: o Museu da Pedra, que possui um acervo representativo de obras de grande valor artístico realizadas em Pedra de Ançã, o Museu de Arte e do Colecionismo e o Museu Load ZX Spectrum, ambos em fase de conclusão.

A região gandaresa tem como uma das principais referências a Praia da Tocha, que, para além de ostentar desde há 28 anos consecutivos a Bandeira Azul, apresenta-se como um local bastante agradável, onde a ancestral arte xávega tem amplo destaque. Um pouco mais norte, permanece intacta a Praia do Palheirão, autêntico bastião natural com estatuto de Praia Dourada, orgulhosamente preservado pela autarquia.

A sul do concelho, na região do Baixo Mondego, pode encontrar-se o relevo escarpado das pedreiras de Portunhos e Ançã, impondo-se uma visita ao centro histórico desta Vila. O Pelourinho, o antigo Solar dos Neivas, os Arcos do Palácio do Marquês de Cascais e as janelas manuelinas atribuem uma identidade muito própria a esta encantadora e histórica localidade.

 

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