A cidade de Vila Real está situada a cerca de 450 metros de altitude, sobre a margem direita do rio Corgo, um dos afluentes do Douro. Localiza-se num planalto rodeado de altas montanhas, em que avultam as serras do Marão e do Alvão.
O concelho de Vila Real, sem prejuízo da feição urbana da sua sede, mantém características rurais bem marcadas. Dois tipos de paisagem dominam: a zona mais montanhosa das Serras do Marão e do Alvão, separadas pela terra verdejante e fértil do Vale da Campeã, e, para o Sul, com a proximidade do Douro, os vinhedos em socalco. Por toda a parte existem linhas de água que irrigam a área do concelho, com destaque para o Rio Corgo, que atravessa a cidade num pequeno mas profundo vale, originando um canhão de invulgar beleza.
Protegida dos ventos atlânticos pelo maciço montanhoso do Marão, a bacia hidrográfica do Baixo Corgo, formada por vales agrestes e apertados, dispõe de um microclima singular que, aliado à natureza do seu solo xistoso, permite que as vinhas cultivadas por processos tradicionais produzam uvas de excelente qualidade.
Paragem Obrigatória
Olaria Negra de Bisalhães
É um dos ex-libris de Vila Real, pela sua tradição secular. O barro é picado até se desfazer em pó, as impurezas são removidas, a mistura com a água cria a matéria-prima. Em seguida, o oleiro dá-lhe forma na roda e, antes que a peça seque, desenham-se flores e outros ornatos. A cozedura faz-se num forno aberto no chão. Recomenda-se uma visita à aldeia de Bisalhães, local onde alguns oleiros trabalham e onde se localizam os fornos.
Palácio de Mateus
Assume-se como a obra arquitetónica mais expressiva do estilo Barroco na região. É no seu interior que se pode encontrar a secção museológica que, rodeada de belos jardins, guarda peças valiosas de diferentes épocas. O conjunto arquitetónico é ainda composto pela capela em honra de Nossa Senhora dos Prazeres e pelo espelho de água defronte da fachada.
Santuário de Panóias
Panóias é o santuário rupestre mais antigo da Península Ibérica e um exemplar único no mundo, pelo facto de as suas pedras contarem, em inscrições, quem o construiu, em honra de que divindades e que rituais ali se praticavam.