Torres Novas encontra-se inserida na região dos «Vinhos do Tejo», fazendo parte de um dos quatro circuitos da Rota de Vinhos do Tejo. A vinha encontrou, nas encostas características de Torres Novas, sob o natural abrigo da Serra de Aire, solos pesados, argilo-calcários, muito difíceis de trabalhar, mas que proporcionam vinhos de grande qualidade, complexos e encorpados.  orografia irregular, definida por encostas alternadas com estreitos vales aluvionares, proporciona um grande número de parcelas, de pequena dimensão, com excelentes condições para o desenvolvimento da vinha. Este concelho encontra-se inserido na zona de «Bairro» da região, que lhe confere um terroir ideal para as castas tintas (Touriga Nacional, Trincadeira, Syrah, Alicante Bouschet, Cabernet Sauvignon, Castelão, Merlot e Aragonez).

Também no que respeita aos brancos, Torres Novas sempre foi procurada por produzir vinhos com forte personalidade, conhecidos por alguns como «vinhos de padre» (vinhos selecionados para celebrar a eucaristia). Recentemente, produzem-se vinhos modernos, com uma paleta de aromas que vai do rico e floral Fernão Pires ao fresco e aromático Arinto, complementada pelas castas Verdelho, Sauvignon Blanc e Chardonnay, Alvarinho e Viogner.

 

Paragem Obrigatória

 

Torres Novas nasceu a partir de um morro sobranceiro ao rio Almonda, onde se ergue o símbolo da sua alma: o castelo. Fortaleza do século XII, definitivamente conquistado em 1190 por D. Sancho I, constitui um símbolo da importância política de Torres Novas na época medieval. Circundado por uma muralha de onze torres, de onde é possível desfrutar de excelentes vistas sobre a cidade, e pela casa do alcaide (séc. XIV), o castelo possui, no interior do recinto amuralhado, um aprazível e bem cuidado jardim.

Situado a cerca de 7 km da cidade, perto da confluência dos rios Almonda e Tejo, o Paul do Boquilobo é uma zona húmida, rica em aves, em particular colónias de garças e anatídeos, e em flora, destacando-se os maciços de salgueiros, plantas aquáticas e caniçais. Este «santuário » natural, classificado como Reserva Natural desde 1980, integra, igualmente, a Rede de Reservas da Biosfera (UNESCO) e a Lista de Zonas Húmidas de Importância Internacional.

Os romanos também deixaram as suas marcas no território torrejano, das quais se destacam as ruínas romanas de Villa Cardílio, um conjunto de alicerces, bases de colunas e pavimentos ornamentados com diversos padrões de «tesselas» pertencentes a uma antiga quinta romana.

Sob as casas e ruas típicas da aldeia das Lapas, concentra-se um labirinto de galerias escavado na rocha. As grutas, que deram o nome à aldeia, são um conjunto de túneis subterrâneos envoltos em mistério e de visita imperdível.

Parte do rico património artístico concelhio está representado nas exposições permanentes do Museu Municipal Carlos Reis: arte sacra, arqueologia, história do concelho e pintura de Carlos Reis (reúne cerca de 30 obras do pintor, entre paisagens e retratos). Realce ainda para a representação do modo de vida tradicional e dos vários aspetos da ruralidade no Museu Agrícola de Riachos.

 

Museu Agrícola

Nascente do Almonda

Villa Cardilio