Quando em 1112 D. Teresa concedeu Carta de Couto ao Mosteiro de St.ª Maria de Pombeiro a atividade agrícola intensificou-se, sendo reconhecido um papel importante dos monges beneditinos na produção do vinho.
No foral outorgado a Felgueiras em 15 de outubro de 1514 por D. Manuel I existe a descrição de tributação dos casais em géneros agrícolas e no foral de Unhão, outorgado por D. Manuel I, em 20 de março de 1515, é mencionada a obrigação dos moradores oferecerem um dia de poda. Ao longo do século XVI e XVII, nos emprazamentos de casais, tombos de igrejas e mosteiros, as propriedades descritas referenciam constantemente uveiras de enforcado, latada ou ramada.
Nas memórias paroquiais de 1758 foi referida a importância da produção do vinho verde em Felgueiras, fazendo-se uma clara referência às uveiras ou vinho de enforcado. Ao longo do século XVIII a comercialização de vinho em vendas e estalagens do concelho era bastante elevada.
Atualmente Felgueiras é o maior produtor de Vinhos Verdes (11.7 milhões de litros), exportando para mais de 30 países em todo o mundo, sendo que a Adega Cooperativa de Felgueiras reúne cerca de 1000 viticultores.
O vinho faz parte da constituição heráldica de Felgueiras, nomeadamente das armas, com dois cachos de uvas púrpura, folhados de verde.
Vinhos
Com a chegada dos romanos ao noroeste peninsular entre 27 e 19 a.C. impôs-se uma nova cultura e um novo modus vivendi que ditou uma exploração agrícola intensiva de novas culturas, entre as quais a vinha. Foi neste novo quadro económico que a Villa Romana de Sendim se edificou, em meados do século I d.C., e durante pelo menos cinco séculos explorou o extenso vale ocupado por Sendim e Jugueiros, em Felgueiras.