A sua importância era tal, que a farinha, o pão e os biscoitos eram isentos de portagem. A introdução do milho graúdo, no séc. XVIII, tornou a agricultura mais rentável e instituiu os sistemas de regadio, cuja água acionava, igualmente, as mós de dezenas de moinhos. Em 1904, o P.e Joaquim Lopes dos Reis afirmava que em Valongo “quasi não havia casa que não tivesse forno…fabrica-se com perfeição inexcedivel a famosa rigeifa que faz crescer agoa na boca a muita gente, o enfarinhado molete de cabeça de agradabilíssimo paladar e muitas outras qualidades de pão, como biscoutos, bolachas, etc.”
Além dos afamados biscoitos que ainda hoje são cozidos em forno de lenha, atualmente, a regueifa é considerada uma iguaria no mundo do pão, dada a textura sedosa das suas camadas, obtidas após muito labor, em forma de coroa ricamente adornada por motivos estaladiços, propiciadores de fortuna.
A Sopa Seca é outra iguaria bastante apreciada pelos valonguenses e vem na linha do aproveitamento integral dos parcos recursos, pois tem no pão recesso o seu principal ingrediente.